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Evento
Maus Hábitos recebe na sua galeria algumas fotografias da exposição Mala Noche de Antoine D’Agata, projeto desenvolvido pelos Encontros da Imagem em Braga que tem trazido a Portugal grandes nomes da fotografia desde 1987. A brutalidade das formas e a intensidade da visão de Antoine d’Agata atraem o espetador a entrar numa outra realidade, que o autor faz crer de essencial. Em deriva pela vida noturna, Antoine d’Agata expõe corpos em abandono total, procurando revelar uma rutura pela mistura de corpos e sentimentos, ao registar fragmentos da sociedade que escapam a qualquer vista superficial da realidade.
"Ter procurado viver com aqueles que até agora a fotografia se contentava em olhar. Ter tentado dizer o que não foi dito: que não é aceitável que o fotógrafo seja apenas um voyeur. Ter tentado ver o que não foi visto. Ter tentado fazer das situações vividas uma obra, por mais imperfeita que seja. Nunca ter renunciado viver, tomando a fotografia como pretexto. Ter querido abolir qualquer distância com o meu subjecto. Ter querido por em prática, por minha conta e risco, uma verdade sabida: o mundo não é feito do que vemos, mas do que somos." Antoine D’AGATA
Bio
Nascido em Marselha, Antoine d'Agata deixou a França em 1983 e permaneceu no exterior durante dez anos. Em Nova York, em 1990, ele buscou o interesse pela fotografia, fazendo cursos no Centro Internacional de Fotografia, onde seus professores incluíam Larry Clark e Nan Goldin. Durante sua estada em Nova York, 1991-92, d'AGATA trabalhou como estagiário no departamento editorial da Magnum, mas apesar de suas experiências e treinamento nos EUA, quando retorna a França em 1993, ele afasta-se da fotografia durante quatro anos. Seus primeiros livros de fotografias, “De Mala Muerte” e “Mala Noche”, foram publicados em 1998, e no ano seguinte a Galerie Vu começou a distribuir seu trabalho. Em 2001, ele publicou “Hometown” e ganhou o Prêmio Niépce para jovens fotógrafos. Continuou a publicar regularmente: “Vortex and Insomnia” apareceu em 2003, acompanhando sua exposição “1001 Nuits”, que estreou em Paris em setembro; “Estigma” foi publicado em 2004, e “Manifeste” em 2005. Em 2004 d'Agata se juntou a Magnum Photos e no mesmo ano gravou seu primeiro curta-metragem, Le Ventre du Monde (A Barriga do Mundo); Esta experiência levou ao seu longa-metragem “Aka Ana”, filmado em 2006 em Tóquio. Desde 2005, sem usar gravatas, Antoine D'AGATA fotografa em todo o mundo. Em 2013, o museu BAL em Paris apresentou “Antoine d'Agata Anticorps”, lançando seu livro “Anticorps” editado por Xavier Barral, que recebeu o prêmio Livre d'Autur no Rencontres d'Arles. Atualmente, ele está preparando um novo livro junto com o filósofo francês Mehdi Belhaj Kacem.
*Coleção Encontros da Imagem Braga
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